terça-feira, 5 de julho de 2011
O Observador
Lembro-me bem. Era um belo quadro pintado a óleo. Não me recordo quem era o artista, mas era realmenmte uma bela pintura que retratava um imenso bosque, quase uma floresta e bem ao centro, na paisagem, havia uma grande árvore cuja copa se elevava muito além das demais, destacando-a não somente pela altura mas pela presença forte e esguia, de um colorido esverdeado intenso e galhada singular. Uma estranha árvore em meio a centenas de milhares de outras. Comoi se fosse um teste, alguém me desafiava a enxergar algo oculto na paisagem. Numa fração de segundos, meus olhos percorreram o quadro e uma silhueta humana, parte do tronco e cabeça, se revelava pequenina oculta aos pés da grande árvore. Foi surpreendente a rapidez com que percebi a figura humana. Alguém disse que eu havia sido o mais rápido entre todos os que passaram por aquele teste. Que orgulho senti de mim mesmo.
Aumentar a capacidade de observação torno-se quase uma obsessão.
Começei uma intensa busca de situações, desafios, testes e tantas outras coisas com o único propósito de tornar-me um hábil observador.
Com o passar dos anos, o senso de observação tornou-se parte de mim de tal maneira que observar a vida em todos os seus aspectos e nuances fez de mim um especialista. Eu precisava experimentar a vida de todas as maneiras possíveis.
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